sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sozinho

A voz do vento
é compreensível aos solitários
que aprendem com o tempo
desistindo de um respaldo

Quando a resposta nunca chega
A saudade não sustenta
Os ossos do corpo a se partir
Caindo ao chão em cacos e giz

O solitário a meditar
não vê respostas pra encontrar
Não vê destino outro a morgar
No infinito, no nada espasmar

Esperando uma mão de ajuda
Não conhece nenhuma fuga
Todos se esquivam de seu caminho
Tornando-o nada, um só sozinho

Sozinho...
Apenas isso
Não há motivos
no infinito

Sozinho...
Apenas isso
um só
finito.
Leonardo Misseno Justino

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