segunda-feira, 30 de novembro de 2009

La la la ♫

Eu nunca disse
Que era errado se aventurar
Que é maluquice
Dizer o que se quer falar

O que é real pra mim
De repente não é pra você
e tudo bem
Nessas horas a gente discute
e fica tudo ok

Mas quatro horas
Outro dia, talvez, jantar
Um lugar legal quero ver
Com amigos, quem sabe, me entreter

A noite segue
E não negue
Pensamento tão ingenuo
como é o meu

Mas quem consegue viver
se não puder sonhar?
A única coisa
que não se pode parar

Leve, segue, chute, mude
Cuide, regue a flor com amor
E veja a sua dor passar

Quero, levo, rezo e confesso
O mundo pode ser melhor!
Basta a gente querer melhorar.
Leonardo Misseno Justino

domingo, 29 de novembro de 2009

Venda um sorriso

Venda uma imagem
Que não é real
Sua dor é exagerada
Você não está tão mal

Elas vão embora
Porque você não merece
Nada
Nada disso te enobrece

Dignificado seja
O maluco que é maluco e aceita
Em sua armadura de amargura
Você se isola e deita

Sentir-se amado é muito bom
Mas saiba que nunca será
amado por quem amar
E sofrerá

Merecidamente
Não fez nada por si
Por não se amar
nem terá quem te seguir

Inconformado
Maltratando os chegados
Porque é tão malvado?
Deixa de ser ingrato!

Declarações gratuitas
Não funcionam mais
Convencer pessoas
De que as satisfaz

O problema em tudo
é ser disso incapaz
Sentir-se um burro
Nada de mais...

Perder quem antes
Ligou pra você
Sem querer
E por querer

Gente
porque se importou muito
e gente
porque não se deixou importar

E no final...
Aqueles que você criou valor
Riam de você
Um louco, tolo, sofredor

Essa cama, essas lagrimas
Esse texto e esse drama
Só faz chorar
E a vontade de acabar

Aqueles falsos
Mentindo pra se dar bem
Felizes eles
Você também...

Ou nem é...
E no final das contas
O mais triste de todos
é você

Os outros fingem dores
Raiva de sei lá o que
E raiva de si mesmo
Só você...

Joga fora essa merda de coração
E dá a chance a outro, meu irmão!

Tantos rezam pra ter a vida que você tem
E o que você fez?
Motivos pra quê?
Feliz seria tu, um sem "Porquê"

Nem é...

domingo, 22 de novembro de 2009

O tempo

Esse poema deve ter um ano ou pouco menos e achei enquanto vasculhava meu armario. Então resolvi transcrevê-lo. De um tempo que eu não estava de saco cheio de minha própria melancolia.


O Tempo

Pára tempo
Não pára!
Parou
Me abandonou

Isso faz mal
Eu sei que faz
Sinto-me tal
Vejo-me mau

Beijo-me qual
bem queria
E nada eu tinha
Lá no final

Tempo,
corre tempo!
Tempo, meu bem
Tempo sem sal

Que eu sinto sono
Que eu devo dormir
Que eu tenho um sonho
Que eu quero esquecer

O que eu tive
Eu não mais terei
Pois não se vive
uma outra vez

Onde eu estive?
Quem é Stevie?
Ah, quem estou?
Quando é Moscou?

E na selva,
Gritos na reuva
dos animais civilizados
muito mais que a humanindade...

Morra!
Já passou da idade
E está tarde
o tempo não passou

Onde está o tempo?
O tempo está aqui
Não se move,
não passa

Ah!
Eu quero me mandar!
Vem me buscar!
Vem me salvar!

Mas não! não venha
Me esquece, é melhor
Pra mim, pra você
Pra todos

O tempo quer assim
E assim será
E não pense em mim
Me deixe esperar.
Leonardo Misseno Justino

Falta

Esse medo de te perder
me faz dizer e desdizer
as verdades do querer
por eu te querer
por perto
mais que tudo
crendo que é único caminho
certo.

Leonardo Misseno Justino