segunda-feira, 21 de julho de 2008

Uma aventura na Anime Friends - Parte 1

Agora vamos falar da Anime Friends. Ai vai o diário de viagem, leia se quiser.


04:57 - 3 minutos antes do despertador tocar
O dia começou mal havia terminado, porque fui dormir 12:30 e não conseguia pregar o olho por mais de uma hora seguida. Tipico caso de insônia. Tomei um banho bem demorado, mas ainda sim o tempo tava do meu lado, deu pra arrumar tudo. Ou nem tudo...
Eu tava transferindo algumas musicas do PC para o mp4, isso levou tempo suficiente pra eu me atrasar e esquecer o celular e a camera digital. Tudo bem, eu sobrevivi sem isso como já sobrevivi por anos. Claro, foi chato ter aquela vontade de fotografar algo e não ter nada o que usar para isso. E, pra piorar, meus colegas sofrem da falta de cameras, também.

06:07 aproximadamente - Saindo de casa muito atrasado
Então comecei a longa jornada até o ponto de encontro pra ir pro ponto de partida da caravana. Pra chegar a tempo tive que usar dois nitros no caminho, senão chegaria por volta de uns 20 mnutos atrasado. Isso me proporcionou duas pizzas gigantes de provolone, mas quando cheguei no final da fase o mendigo resolveu meu problema com seu desodorante vencido encontrado nos fundos de uma lata de lixo. Era melhor o cheiro do desodorante que o da pizza, pode ter certeza. Mas eu tinha uma camisa reserva, que no final nem cheguei a usar.

Chegando ao ponto da caravana, me separei do grupo para comer alguma coisa. Eu tava completamente faminto, não tinha jantado e mal almocei no dia passado. Eu sou um highlander por natureza, então um mistinho e uma chicara de café foi tudo que me sustentou até a hora do almoço. Voltando para o conforto do grupo, sentei num canto e fiquei ouvindo musica, enquanto eles falavam de rpg's que não conheço e zoando um com a cara dos outros, coisas de que não costumo participar.

Chegou o onibus, nós entramos e ai se concretizou: Tropa de Elite de São Visselva!
Liderados pelo Capitão Melocotom e seus fieis escudeiros Preto e Humburger, aprontavam todas numa viagem alucinante de tirar o folego, com uma turminha do barulho, enquanto eu ouvia musica. -> nem sou isolado


08:00 aproximadamente - Partimos em direção ao mundo desconhecido em que criaturas sombrias e emos domi...
A viagem foi longa, mas eu adoro a vista da subida da serra. Amo ver aquelas favelinhas e rodovias amarelas, é algo que me deixa particularmente emocionado. Nem o cheiro de fumaça dos caminhões era tão gostoso como naquele dia. Obviamente pq não havia esse cheiro, e o ar condicionado tava me congelando até eu descobrir como desligar o que tava em cima do meu banco. Isso salvou minha vida.

11:00 aproximadamente - Chegamos! (cabou a imaginação)
Assim que chegamos aconteceu o rotineiro filão. Lá do outro lado vi chegando Jessy e James da Equipe Rocket. Não é de se desimaginar essa aparição, afinal haviam centenas de pikachus no evento e eles não iriam perder tal chance de decolar. De novo. Eram eles - por trás da maquiagem - Helena e Nilo, dois colegas que conheci na banda. Eu tinha uma missão a cumprir, ser o responsável por manda-los para o infinito e além. Ok, não vou usar esses termos. Eu meio que sinto remorso, mas tudo tem seus motivos. A saída deles da banda tem um. E não foi decida apenas por mim, mas por todos os membros da banda. A única sacanagem foi eu ter que ir sozinho contar isso pra eles. Eu estava cansado de vê-los conzinhar, é uma puta sacanagem. Mas vou dar uma colher de chá pros meus colegas. Sei que era por medo, eu tbm tinha. Mas minha conciência não tava me deixando em paz. Tinha que ir até o fim.

Eu não fui o unico que percebeu a chegada da dupla dinamica, meus colegas de banda Daniel e Diego tbm perceberam. A diferença é que eles não tinham coragem de ir lá. Entenderam pq eu tinha de ir sozinho? Mas talvez eles não tenham tanta culpa. Não fui com eles, não podia dize-los "vamos procura-la". Não sei e iriam comigo ou se iriam frescar. Sei que surgiu a chance, e eu tinha que agir. Agi, por volta de umas 14:15, quando encontrei eles lá dentro do evento. Deu tudo certo. Só espero que não me odeiem pra sempre. :(

12:00 aproximadamente - E ai entramos no evento! *musica triunfante*
Os primeiros movimentos foram o de costume. Dessa vez o Raphael tinha levado a namorada, o que elimina seus ataques de que precisa pegar alguém, coisa e tal, durante o evento.

*lembra das tentativas frustradas e loosers de aliciar umas garotas durante o Anime ABC >XD*

Esse começo é sempre igual, bizoiar as lojas em conjunto enquanto seguimos o Raphael. Eu estava seguindo o roteiro, como de costume. Mas, sabe, eu não curto isso. Ae eu me perdi deles. Shit... Ok, durante a primeira meia hora eu adorei! Mas depois perdeu a graça, pq não tinha com quem conversar, comentar, zoar, nada. Pra piorar eu não sou do tipo que faz novos amigos muito facil. Senti uma sincera falta de companhia. Ae que comecei a procura-los.
Enquanto isso, gastei meu dinheiro todo em algumas besteirois como toucas e aneis gigantes (uma unidade de cada um, pq sou pobre). No começo do evento eu podia ter decidido andar com a turma da minha banda (Diego e Daniel), mas decidi ir com a "Tropa de Elite". Mas não é nada contra eles. É que eu achava ter mais afinidade com meus colegas de pelotão, entre outras coisas.

O chato de ficar sozinho foi a "drepressão". Cheguei a fazer uma plaquinha de "Precisa-se de amigos". Mas por algum acaso eu não devo ter uma cara muito simpatica, o que me levou a continuar sozinho. :(

13:00 aproximadamente - Vocalistas do inferno
Então... como não os encontrava, pensei "que tal cantar um pouco"? Fui em busca de um animekê. Encontrei uma sala lá, onde estava acontecendo o concurso de karaokê do evento. Como musico e vocalista, por instinto resolvi ficar e assistir ao acontecimento. E haviam alguns seres estranhos lá. Um tiozão japonês gorducho, com cara de cantor pop japonês dos anos 80, uma guria magrela de cabelos vermelhos e um negão vestido de roxo e preto, praticamente um transformista gay (sério), em roupas de emo. Me acomodei por ali e fiquei ouvindo as pessoas cantarem. Teve uma hora lá que deram uma pausa no concurso e começam a tocar musicas aleatorias e chamar gente pra cantar entre os espectadores. Surgiu a chance de eu ir lá, pois começou a tocar "ichirin no hana" e por algum acaso eu sei a letra de cor. Por outro acaso, ninguém mais sabia e/ou queria cantar. Mas eu gelei na hora, fiquei olhando a situação. Um lado meu dizia "vaaaaaai" o outro "se fudeeeeeeeeeer", e ai não dá né?

Bom, eis que eu fiquei lá sozinho por um tempão. Deixa eu comentar as três criaturas bizarras com quem me deparei quando entrei, pq eles tiveram destaque em minha memória. Primeiro a magrela: CANTA MUITOOOOOOOO. A voz dela era linda, parecia um anjo cantando! Um anjo que caiu de cara no chão e viveu por alguns anos com o Mendigo em baixo da ponte. Mas era um anjo!

Eu fiquei embasbacado, mas logo voltei ao normal quando uns metaleiros resolveram tocar temas de tokusatsu. ODEIO TOKUSATSU! Seus temas idem. Só me impressionei com um deles, que cantava com o microfone na altura a cintura. Sim... COMO A VOZ DELE CHEGAVA NO MICROFONE?! Inexplicavel, o cara era SATAN em pessoa. Só assim! X.x~
O tio japones esquisito foi lá cantar tokusatsu também, mas não empolgou muito. Sua rolicidade não colaborava no quesito agilidades.

Meu mundo parou quando o negão transformista pegou no microfone! Ele cantou duas musicas: "Butterfly" e "Hohoemi no bakudan". Sobre "Butterfly", até eu canto, embora ele tenha cantado sem parecer fazer um pingo de esforoço pros agudos. Se duvidar, tava tão perfeito que era o proprio Koji Wada cantando! A segunda musica, "Hohoemi no Bakudan", foi o que me fez subir as paredes. O cara conversava com a plateia com voz de homem, de negão, mas quando cantava era a voz de uma mulher que saia de sua garganta! *tilt*
"Hohoemi no Bakudan" foi cantada com tal maestria e por um homem, sem reduzir o tom. Naquele momento inacreditável de minha vida, só pude odiar a mim mesmo e idolatrar o transformista roxo. *morre*

Nada parecia poder superar a cena que eu tinha acabado de assistir. Subiu um mano no palco pra tocar "Tatics" do Rurouni Kenshin, fez bonito, mas ainda era um cantor comum. Talentoso, mas comum! Eu só tive que sair dali, por respeito ao meu orgulho pessoal, quando subiu ao palco um tiozin magrelo, vestido de camisa preta e calça jeans, com um corte de cabelo qualquer e um cavanhaque vagabundo. Ele cantou "Forever Love" do X. Parei. Era o Toshi. ERA O TOSHI!

Eu fui embora... Não cabia minha presença numa sala onde estavam presentes tais monstruosidades musicais. Eu sinto vergonha de mim mesmo em achar que fui digno de presenciar tamanho espetáculo. Se eu ficasse mais um pouco, ia começar a beijar pés e pedir autografos.


15:00 aproximadamente - Reecontro com o Capitão Melocotom e o que sobrou do pelotão... (A hora da mentira)

E então, enquanto andava a esmo com minha plaquinha, vestido da minha touca de Menos Grande (no sentido literal, por conta da minha baixa estatura) e meu anel ultra-foda-rox que machuca bagarai, ouço a voz do capitão me chamar! Era um tom de desespero e eu por pouco não fui atingido na cabeça por um projetil assassino! Corri para me proteger, dei de cara com os ultimos sobreviventes do pelotão.
O Sargendo Guloseimas tomava quase todo o espaço do esconderijo, que se antes de eu chegar já estava apertado, depois que cheguei simplesmente não era mais conviviveu. Mendigo, nosso mascote, tentava se alimentar dos restos de comida que conguia econtrar no mar de banhas e em baixo das tetas ipermeaveis do sargento, enquanto o capitão participava de cenas romanticas com sua amada. Já eu, estava armado de duas plaquinhas e ali, junto a nós, no esconderijo, ainda havia um soldado de outra equipe precisando de armamento. Como precisava de dinheiro para tirar o nome do SPC e do Cerasa, negociei uma de minhas plaquinhas com ele pela metade do preço. Ele cobrou munição para fazer a compra. Ok, mas eu só tinha dois cartuchos e que poderiam ser muito necessários. Tentei negociar um preço mais caro, mas o preto maldito não fechava negocio. Então pensei um pouco e percebi que um dos cartuchos estava vazio. Num ato de esperteza, fiz a troca e ele, sem perceber, se lançou na guerra. Não sei se sobreviveu...

O tiroteio não acabava. Capitão Melocotom, num ato de heroísmo, convocou o mascote e decidiu contra-atacar! Eis que surge uma grande surpresa: O madito soldado havia se apoderado da munição especial do capitão! (canetinha preta) Estavamos incapacidados de provir qualquer resposta, mas então lembrei que ainda tinha munição comigo e a cedi para o Capitão levar em frente seu plano de vida ou morte. Como o Guloseimas era incapaz de se mover pela falta de pernas e braços, ele confiou a mim a vida de sua amada Natalia Vinicius.
Um tanto quanto em panico, a garota chingava os quatro ventos do nomes mais inimaginaveis possiveis. Fiz o maximo para acalma-la, mas parecia não fazer tanto efeito. Eu só conseguia rir. Era isso ou chorar.

A situação era caótica, o mundo parecia estar em seu fim para nós, mas o tiroteio cessou. Um frio aflitivo subiu pela minha espinha. Natalia Vinicius perguntava onde estava seu querido Capitão a cada cinco segundos. Tentei manter a calma e a ordem assegurando que logo ele estaria de volta, que estava bem, que deviamos esperar ali... Mas ela não se convencia. Nisso tomei coragem e decidi procurar pelo capitão.
Armei-me de minha plaquinha sobressalente e dos restos de munição que tinha, e falei para ela se esconder em baixo da teta direita do sargento. Era sua unica utilidade, a banha impedia que as balas atravessassem até o outro lado, garantindo a segurança da vida da menina. De repente, surgiu o inimigo! Foi preciso o uso da plaquinha, mas para minha surpresa a munição pipocou e então o cartucho soltou, e não tinha pronde correr, e eu etava desarmado, e eLES ATIRAVAM SEM PARAR E! E! E!... SURGIU O MENDIGO! Levantando agilmente seu braço esquerdo, exalou um gás tóxico - pior que lacrimogenio - redendo facilmente os bandidos, enquanto o capitão lhes trucidava com sua plaquinha. Consegui até recarregar a minha, gastei até a ultima gota da munição e depois de por ordem na bagaça e felizes pelo reecontro, voltamos para o esconderijo comentando o saldo da operação.

Tudo no seu devido lugar, percebi o quanto fazia falta uma camera, quando toda aquela carnificina devia ter sido fotografada para ser lembrada eternamente, mas não havia meios de isso ser feito.
Tudo que nos restou foi a satisfação de uma missão cumprida e uma meia latinha de Fanta Cancer. (também conhecida como sabor uva)

Continuará...


Pois é, isso daqui ficou enorme e eu nem tenho fotos pra ilustrar! Maldita memória! ¬¬
Anyway, tem mais algumas coisas pra contar ainda. Mas fica pra próxima.

Logo logo, mais alguns capitulos da emocionante história do Aspirante Ark a caminho da foderosidade suprema no mundo da Anime Friends.

É isso ae, até a próxima. :P

Um comentário:

  1. Meu mp5 tira foto xD xD O pequeno Frank... Mas tb as fotos saem uma merda xD
    Sei exatamente como é, "Um momento kodak e eu sem minha câmera!" é uma frase que já usei bastante xD

    "Pra chegar a tempo tive que usar dois nitros no caminho, senão chegaria por volta de uns 20 mnutos atrasado. Isso me proporcionou duas pizzas gigantes de provolone, mas quando cheguei no final da fase o mendigo resolveu meu problema com seu desodorante vencido encontrado nos fundos de uma lata de lixo. Era melhor o cheiro do desodorante que o da pizza, pode ter certeza. Mas eu tinha uma camisa reserva, que no final nem cheguei a usar."

    WTF?!?!?! xD xD

    Quanto a zoar da cara dos outros, eu zoava mto com uns amigos quando éramos menores, mas atualmente é mais raro, só zuo quando tem uma oportunidade de comédia que não posso desperdiçar xD

    "com uma turminha do barulho, enquanto eu ouvia musica. -> nem sou isolado"

    Não há fim neste túnel
    Não há luz, não há nada
    Então vou só deitar aqui no escuro

    Î Esse trecho de Eis a Resposta, tradução de Wish of Denial, fala sobre situações assim xD Perto dela vc parece social e alegre, ou se identifica, acho, ou não xD

    Vamos destruir todos ar condicionados Ò.Ó Sério, eles causaram mto mal à parte de minha vida xD xD xD E nem é só por causa do frio xD

    Situação complicada essa... Ainda mais no meio do evento. Mas alguém tem que fazer o trabalho sujo né?

    Hauehauehaue... O último parágrafo do meio dia é tragicômico. Foi mal por rir. Sou contra rir nesses casos. Mas olha pelo lado bom, vc tem a habilidade de transformar tragédia em algo engraçado. Imagina o sucesso que faria no Jornal Nacional, finalmente um programa de humor decente.

    *considera voltar e apagar a risada... bah foda-se vamos em frente*

    Hauehauehaeuhaue, sei como é esse negócio dos lados xD xD
    Sabe, sô tímido há um tempão, as depois de um período de autoanálise descobri que gosto de chamar atenção, o q me explicou pq me metia em tantas frias xD
    Sei como é, e como resolvi encarar pelo menos, é mandar cada lado fazer o que manda xD vai, "vaaaai", e se fode, "se fudeeeer". xD
    Claro que nem sempre é assim, mas é o guia q uso pra agir no geral xD

    Acho q já comentei no msn sobre isso, mas é interessante q o negão transformista te fez subir pelas paredes xD Tilt nele! xD

    O tiozin magrelo do final então não tinha estilo próprio, se ele era o Toshi xD xD

    E tem razão, beijar pés é antihigiênico na maioria dos casos, principalmente os pés de estranhos.

    "15:00"

    WTF?!?!?!?! xD xD xD

    Bem, acho que "(A hora da mentira)" explica, mas msm assim,

    WTF?!?!?!?! xD xD xD

    cabô xD

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