quarta-feira, 30 de julho de 2008

Aflição

Tanto já passamos,
Tantas horas conversando,
Sobre coisas que nós dois amamos e enfim

Ainda sim sinto no peito uma dor
E vem você dizer que tudo acabou
Não quero mais saber da sua espera
Das suas aflições que me afligiam sem parar

E essa mesquinharia
que você não cansa nunca de usar
E essas palavras chulas
que acabei de falar

E tudo que acho que é certo
Não passa de errado
E as horas no bueiro, feito um rato
Sem ninguém pra conversar
E essas cosias na cabeça, tudo a acumular!

Tanto já falamos
Tantas horas já perdi
Tentando explicar cada parte de mim

E as vezes eu acho que é pouco falar por falar
e queria notar o que você notasse
De alguma parte, fazendo noção de tempo
Já não há mais tempo para explicar

Não...

Talvez já não faça sentido,
querer ver sentido em tudo isso
E o medo é apenas comum
Como um homem nú morrendo de frio

Talvez já não faça sentido,
querer ver sentido em tudo isso
E o medo é apenas como um homem frio
Intrajado de nú a morrer de frio!

E é assim
Mais uma noite pra esquecer
Não quero mais saber
Das suas aflições que me afligiam sem parar
Leonardo Misseno Justino

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