segunda-feira, 25 de maio de 2009

De ceder

Vá e durma...
Não há mais o que pensar
Nem porquê se preocupar
Que a dor suma

Vá e durma...
Deixe os olhos se fecharem
Estes sentimentos se quebrarem
Uma hora se cura

Não chore
A cabeça não dói mais
O coração pede paz
E o Mal, só Mal trás

E não seja
Esqueça a culpa
Escuta o amigo
Não se preocupa

O que é brincadeira
Não é pra ser verdade
Em qualquer idade
Pontos de maturidade

Iniciação...
Nunca terminei
Nunca comecei em vão
Assim que sou, então

Pontuação...
Pra dar um fim ao poema
Não há nenhum dilema
Não quero atrapalhar

Realização...
Não quero ser enganado
Já machuquei meu coração
Se é egoísta, na minha pele não

Reação...
Quis ser salvo
Mas acaba a inspiração
Sem drama ou canção

E, por conclusão...
Dizer "eu te amo" é fácil
Eu te amo e não é fácil
Mas tanto faz, não?

Pra mim: não leia...
é muita dor pra se sentir de uma vez
Ou então deva ler, talvez
Pra ver se me esqueço de vez

Caso me atreva
Entregar-me à sina pela dor,
Morrer como um maldito sofredor!
O que escolhi ser...

Vai ser melhor pra você?
É o que você quer ser?
Pois bem, seja assim
Seja "à merce"

Lixo...
Inconsumível ódio que me dá
O eu...
Entregue por um capricho meu...

Querer a dor
De amor e cor
Murchar as flores
De tudo que fores

Então...
Nunca foi
Morra em vão
seu inútil coração

Eu só quis ajudar...
Por as mãos no lugar
Então fiz por opinar
Por qual ia se acabar

Você não liga, não é?
Faz aquilo que acomoda em tua fé
Incondicionalmente estará em pé
Para ouvir desprezos o quanto puder

E não vai chorar
Quando for ingrato
De lagrimas já bastam as águas do mar
Em que o mundo se vê cercado

Não vai chorar...
Pois faz por si, também
E o amor e o apoio que cedes
É pra sentir-se ok.
Leonardo Misseno Justino

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