quarta-feira, 10 de junho de 2009

Inocencia

Ser moleque que era bom
Porque eu fazia tudo por quê fazia
Não me preocupava, abaixava a cabeça e dormia
E os sentimentos não destruíam minha vida

Ser moleque que era bom
Aquela sensação de descoberta a cada nova partida
Um jogo 'eterno', aprendendo da forma que podia
Ser moleque, agora, era tudo o que eu queria

Esquecer do peso da obrigação
Esquecer da falta da companhia e da paixão
Da hora errada e da certa
De que havia uma forma mais discreta

Ser de novo inocente e cometer meus erros
sem sentir culpa, levar broncas, fazer gracejos
Ser alguém feliz de novo, por um momento
Que já achei tão difícil, hoje eu lamento

Esse tempo que passou, que não volta
Achava ter deveres, vivia na revolta
Sabe, hoje talvez também não deva ser tão mal
A infância continua, estranhe quem quiser, se pra mim é normal

Acho que tudo na vida é um tanto de aceitação
Aceitar quem se é e o que as pessoas são
Coitados daqueles incapazes de reger suas vidas
Por temer demais essa inevitável situação.
Leonardo Misseno Justino

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