quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Olha só...

Olha só...
Continuo só
E a trizteza em meu olhar
Não quer mais se apagar

Me sinto como um estrangeiro
Em terra onde sou só mais um
um só, sozinho e perdido
e sem poder me expressar

Esse mal linguajar
Eu não sei o falar
E a lingua lá de onde vim
Ninguém pode decifrar

Nem adianta eu tentar
Ninguém pode escutar
E eu não entendo o que dizem
Não consigo entender

Olha só...
Continuo só
E a trizteza em meu olhar
Não quer mais se apagar

Continuo sem você
Continuo sem porquê
Continuo querendo dizer
Mas não pode me entender

Moça bonita,
ah como eu quis você
Joia mais linda,
estrela do amanhecer

Eu replicante,
nem sinais pude entender
Nem sinais eu sei fazer...

Desenhar pra você...
E eu não sei nem desenhar
Sei que posso rabiscar
Mas será que irá compreender?

Olha só...
Continuo só
E a trizteza em meu olhar
Não quer mais se apagar

Será que pode enxergar
O negro no fundo do mar
A pira a se apagar
E a felicidade escapar

Eu nem sei
Porquê que eu insisto, eu não sei
Queria me silenciar
Já que niguém pode escutar

Olha só...
Continuo só
E a trizteza em meu olhar
Não quer mais se apagar

Será que pode entender
O que passa em meu olhar?
Será preciso dizer?
Será que irá se importar?

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