domingo, 22 de novembro de 2009

O tempo

Esse poema deve ter um ano ou pouco menos e achei enquanto vasculhava meu armario. Então resolvi transcrevê-lo. De um tempo que eu não estava de saco cheio de minha própria melancolia.


O Tempo

Pára tempo
Não pára!
Parou
Me abandonou

Isso faz mal
Eu sei que faz
Sinto-me tal
Vejo-me mau

Beijo-me qual
bem queria
E nada eu tinha
Lá no final

Tempo,
corre tempo!
Tempo, meu bem
Tempo sem sal

Que eu sinto sono
Que eu devo dormir
Que eu tenho um sonho
Que eu quero esquecer

O que eu tive
Eu não mais terei
Pois não se vive
uma outra vez

Onde eu estive?
Quem é Stevie?
Ah, quem estou?
Quando é Moscou?

E na selva,
Gritos na reuva
dos animais civilizados
muito mais que a humanindade...

Morra!
Já passou da idade
E está tarde
o tempo não passou

Onde está o tempo?
O tempo está aqui
Não se move,
não passa

Ah!
Eu quero me mandar!
Vem me buscar!
Vem me salvar!

Mas não! não venha
Me esquece, é melhor
Pra mim, pra você
Pra todos

O tempo quer assim
E assim será
E não pense em mim
Me deixe esperar.
Leonardo Misseno Justino

Um comentário: