Se eu te pedisse "me procura",
seria a expressão da minha vontade
Mas se eu não te acho
a mensagem não te atinge!
O verbo precisava soar onipresente no globo
Mas espaço nenhum
nenhum espaço
não...
nada...
nada parece onipresente o bastante
e no nada
não ecoa nada
nem as palavras que quero que escute.
É como atirar pra não atingir o alvo,
chocar-se nos limites que me impõe a matéria,
o firmamento e a falta de imaginação
e estar preso e terminantemente podado de qualquer interjeição
E, diretamente,
de forma indireta,
barreiras interceptam meu projétil
Vejo-o enfraquecer e me relego à impotência
faço-me um cego que vê
e, de vez, nunca parecer ter partido daqui
aquilo que devia ter alvejado você...
Saudade e querer...
quando, por fim,
ricochetea em mim
angustia e desprazer.
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