E tanto te odeio que te amo
Sem querer ou entender o seu gênio
"Baqueabriu-me" co'a malícia teu engenho
AH! Que manhas! Tamanhas!
Que encantas e enganas os outros,
Só não enganas aqui, eu que falo
O vulgo poeta ingrato
O ingrato do coração rasgado
Do sangue amarelado
De quem acovardiu-se sem ter
Tu que me faz bailar em teu quê
Sem saber... AH! Sem poder
Querer, ter, porquê
E fez, na ultima hora
Eu verter memórias de você
Memórias bombardeando,
Memórias me acabando
Que eu quero esquecer...
A armadilha de querer!
O que queremos, desejamos!
Sempre assim, salvo os enganos
Martelando na cabeça entre os planos
Te odiando, eu digo: "te amo"
Ah, que ingrata tu és
E tão logo ouvirei que tua fé
depositastes em alguém que a mim não é
Rebaixando-me à um qualquer
Que seja assim, por fim
Tanto te quis, fiquei infeliz
Te amei te odiando, querendo pôr fim
Nas memórias de ti que cultivei em mim
Leonardo Misseno Justino
Outro poema à deriva. Preciso mudar o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário